terça-feira, 16 de setembro de 2008

apenas me expressando 2...revoltas


aos que eu amo...um abraço
aos que odeio...as sombras
aos que nada sinto...a indiferença.

E nada mais que isso...

A degradação humana

Luz...muita luz...Imagina se um dia você estivesse andando na rua e fosse surpreendido por um clarão nos olhos. Cegueira total..não negra, mas branca! Mas o fato de não enxergar não é o principal problema: o mais doloroso é se, no meio desse surto, apenas você não ficasse cego.

Sempre achei que o pior dos sentidos para se perder seria a visão. Sempre tive isso comigo...no entanto, acho que independente do que aconteça conosco, que aconteça em coletividade. Ser a única pessoa capaz de ver, sentir e viver o mais profundo do ser humano; o mais degradado; o mais sujo do caráter, personalidade, condição de vida e postura moral (a pior de todas), sem ter ninguém para compartilhar, para aliviar a dor, deve ser o mais perto da depressão profunda que um ser humano pode chegar.

No entanto, muitas pessoas que já passaram por esse mundo se sentiram assim, sem necessariamente perderem algum dos sentidos. Pensadores, filósofos, ou até pessoas comuns conseguiram (e ainda conseguem) ter essa mesma sensação: de estar num mundo que ninguém vê, apenas ele.

Sensibilidade vai além de enxergar: é sentir. Simplesmente isso. E não é fácil! E quem sente não pediu para ser assim. Simplesmente é! Com todo sofrimento e dor, consegue sentir o pior da humanidade corroer pelas entranhas e não ter muita saída. Um fardo que se carrega até as últimas consequências, mesmo que sangrando...

No caso do filme, Ensaio sobre a Cegueira, dirigido por Fernando Meirelles (não li o livro ainda, por isso não farei comparações e não falarei de Saramago), é apenas a metáfora do universo em que vivemos. Ao que temos que nos sujeitar para tentar sobreviver de alguma forma. Ou, sem julgamentos de certo e errado, ou covardia e coragem, aos que preferem apenas sumir no meio disso tudo, com qualquer uma das armas que se têm.

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Título: Ensaio sobre a Cegueira (Blindness)
Direção: Fernando Meirelles
Roteiro: Don McKellar, baseado em livro de José Saramago
Duração: 120 minutos
Ano de Lançamento (Brasil): 2008

pensando...

"Sou demasiado orgulhoso para acreditar que um homem me ame: seria supor que ele sabe quem sou eu. Também não acredito que possa amar alguém: pressuporia que eu achasse um homem da minha condição."

Nietzsche

Seria isso o cúmulo do egocentrismo e modéstia ou há uma certa lógica nessas palavras. Acho que fico com a segunda opção...

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

ser, ter, parecer...

Entre muitas leituras no momento, um trecho que achei interessante compartilhar:

"A primeira fase da dominação da economia sobre a vida social acarretou, no modo de definir toda realização humana, uma evidente degradação do ser para o ter. A fase atual, em que a vida social está totalmente tomada pelos resultados acumulados da economia, leva a um deslizamento generalizado do ter para o parecer, do qual todo 'ter' efetivo deve extrair seu pretígio imediato e sua função última. Ao mesmo tempo, toda realidade individual tornou-se social, diretamente dependente da força social, moldada por ela. Só lhe é permitido aparecer naquilo que ela não é".

Debord, Guy. A sociedade do espetáculo. (p.18)

Vamos refletir...

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Enjoy it

Para os que frenquentam o site de vídeos Youtube e tem um outro olhar sobre a cultura, vale saber que agora o site disponibilizou entrevistas, cenas, recitais, e muito mais, de algumas personalidades marcantes. Entre elas, nossa amiga Clarice, em entrevista a Tv Cultura, em 1977, apresentada na exposição do CCBB Rio, postado anteriormente no presente blog.
Outros nomes são: Bibi Ferreira, Glauber Rocha, Cacilda Becker...entre outros
Enjoy it!!!

escrever....

Queria escrever algo agora...mas não sei...

Pensar eu penso, e muito...
Ler eu leio, e muito...

Aliás, tudo que faço, faço muuuito...

Que coisa nada a ver...

sábado, 6 de setembro de 2008

A p... da vida..

Continuando a falar da vida e suas palhaçadinhas...

"quem tem olhos pra ver o tempo soprando sulcos na pele, soprando sulcos na pele, soprando sulcos?
o tempo andou riscando meu rosto
com uma navalha fina

sem raiva nem rancor
o tempo riscou meu rosto
com calma

(eu parei de lutar contra o tempo ando exercendo instantes,
acho que ganhei presença)"


Viviane Mosé

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

...

Há muito tempo venho comprovando e concordando com a frase de um pensador que agora não lembro o nome (que se dane o nome!)... Realmente: "o inferno são os outros"
E se ofendi alguém...só lamento!

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Vidas que se mostram

Ontem, assistindo ao maravilhoso programa Saia Justa, no maravilhoso GNT (adooro), vi o depoimento de duas mulheres, que no momento não me recordo de que país eram, mas são latinas. O tema da vez no programa era "ir para outro lugar e se encontrar". Identificação melhor do que essa com minha pessoa, impossível. Enfim...

Crises existenciais à parte (senão vou ocupar o post inteiro) eis que uma delas fala sobre deixar a vida. E ela expressou esse sentimento de uma forma que me chamou a atenção. Ela disse que no meio de seu sofrimento e vontade de sair pra se encontrar, ela teve vontade de deixar de viver. E explicou que não era morrer...Olha que interessante: deixar de viver sem necessariamente morrer. Gostei muito disso! Pensei, repensei, analisei...é possível. E acho que muitas pessoas procuram isso e não necessariamente a morte. Porque morrer é muito fácil: livra-se dos problemas e pronto. Mas deixar de viver? Isso sim é mais doloroso. Vejo isso como se tornar um zumbi. Sim...aquele ser que anda, se mexe, mas não pensa...fica meio que vegetando sem estar deitado...fica por aí perambulando sem saber por quê, nem pra onde. Isso é deixar de viver sem morrer...

Você foge, foge e foge...e quando olha pra trás as coisas insistem em correr atrás de você. Você acha que está se afastando, mas está cada vez mais perto. Triste...isso sim é triste!

dores

Pensamentos que sufocam, vozes que sufocam...
força, força,quer sair, mas não consegue.
Não consegue ou é impedida por mim, inconscientemente?
Não sei...
Só sei que está começando a doer e se não conseguir sair, vou infartar dessa vez...mesmo que o que ouvirei machuque muito...mas acho que a dor não será maior do que a que já senti há pouco tempo...ou será?
Só uma coisa eu sei, seja para meu bem ou mal, se conseguir, tudo mudará...
Será que vale a pena essa mudança?
Algo será perdido?
Risco...realmente a vida é um risco...
TENHO MEDO

Viver no escuro...

Viver é como andar por um túnel na escuridão total
sem saber o que encontrar pela frente,
De repente o grande barato da vida é esse: se surpreender!
E no meio do caminho nos depararmos com situações inesperadas...
Às vezes boas e outras vezes ruins...
É estar sempre preparado para qualquer situação
Mas será que isso é fácil?

terça-feira, 2 de setembro de 2008

e a vida segue...

"Vida louca vida, vida breve, já que eu não posso te levar, quero que você me leve"


É...naquela época tinha uma pessoa que já entendia das coisas: Cazuza.

Vida...a vida, a vi da, a vida da...a porra da vida!

(to meio puta hoje)