terça-feira, 23 de novembro de 2010

Futucando meu fotolog achei um comentário da querida e inteligentíssima amiga Marcele Felix, muito propício para os últimos tempos:

"(...)Existe algo mais libertário do que o conceito do "foda-se!"? O "foda- se!" aumenta minha

auto-estima, me torna uma pessoa melhor. Reorganiza as coisas. Me liberta.
"Não quer sair comigo? Então foda-se!". "Vai querer decidir essa merda sozinho(a) mesmo? Então foda-se!".
O direito ao "foda-se!" deveria estar assegurado na Constituição Federal. Liberdade, igualdade, fraternidade e foda-se!(...)"

luis fernado verissimo
Agora sei, sou só eu e minha liberdade que não sei usar.
Grande responsabilidade da solidão.
Quem não é perdido não conhece a liberdade, não ama.
Quanto a mim, assumo minha solidão que às vezes se extasia como diante de fogos de artifício.
Sou só e tenho que viver uma certa glória íntima que na solidão pode se tornar dor. E a dor, silêncio.

Lispector

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Ela andava pela rua meio sem rumo. Passo a passo, pensamentos longe, às vezes sem pensamentos.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Ameniza. Curar, jamais

Hoje alguém soltou  a seguinte frase: "o tempo cura tudo. ou não". Respondi o que respondo a todos que costumam afirmar uma coisa ou outro dessa natureza, ou me perguntam sobre. "Ameniza. Mas curar, jamais". Não é uma verdade única. É uma verdade pessoal. Cada um tem a sua, baseado no que vive ou viveu. É história de vida. Apenas isso. Enfim.

E, por conscidência, destino, ou seja lá a definição dessas coisas, mais uma vez recebi o trailler do filme de Ana Paula Arósio, Como Esquecer, o que caiu melhor que uma luva sobre tudo isso que falo. O longa relata a dor do abandono. Dor da perda. De algo que não se terá mais. E como viver (ou sobreviver) depois disso? Algumas vezes não é apenas a falta da pessoa, mas de um momento da vida em que tudo era quase perfeito, encaixava. De repente desmorona na sua cabeça, sem você saber como.

Sinto que terei a mesma sensação de quando assisti Direito de Amar. É isso.


terça-feira, 22 de junho de 2010

Risco

Se o simples fato de viver é um risco, porque temos tanto medo de arriscar na vida? Parece contraditório né?! Mas é! E é assim que muitas pessoas vivem. Esquecem que coisas banais, com andar na rua, já são um risco. Respirar é um risco, visto que o ar não é tão puro há alguns anos e o mesmo se dá com a água e com várias outras coisas do cotidiano. Então, porque temos medo de arrisca algumas coisas e outras não? Existem situações em que corremos risco, mas não paramos para pensar nisso, porque são automáticas. Por que não deixar que outras coisas também aconteçam automaticamente? Trocar de emprego, por exemplo. Sair da cidade de origem e tentar a vida em outro lugar. Viver um grande amor. Sei lá. Parece que algumas coisas nos afetam mais do que outras caso dêem errado. Essa é a impressão. E como viver assim? No final de tudo, viver é andar no escuro. Cada passo que damos, para sentir o chão firme novamente, é uma luta constante para nos certificarmos de que a terra será segura quando o pé encostar. E mesmo assim andamos. Ou não? Então quem não arrisca está parado? Com medo de dar o passo no escuro? Ou espera que acendam as luzes? Sim. Acho que sim. Porque com certeza tudo seria muito mais fácil. Mas o que fazer? Esperar sentado tudo isso ou ter a coragem de andar mesmo sem saber onde vai dar? Ou melhor: esperar que no escuro surja uma mão que irá segurá-lo e o levará ao caminho certo. Bengala. É isso que se chama. A bengala simboliza a falsa segurança. Ela pode aparecer sim e a qualquer momento, para que  alguém se apoie nela. Mas esquecem que essa também é um risco. Pois dependendo do peso que se joga, ela pode quebrar a qualquer momento. Ou derrapar pelo meio do caminho.


*imagem - kurt halsey frederiksen

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Onde??

Onde nos perdemos? Questionamos a personalidade masculina, suas ações e a forma como nos tratavam perante a sociedade. E onde chegamos? Não consigo ver. Não há novidades nesse caminho. Penso que, ao invés de procurarmos direitos no sentido de direitos humanos, procuramos todo esse tempo, direitos iguais. E iguais a quem? Aos homens. Porque é nossa única referência enquanto sujeito, ser humano. E aí que está o erro. Nós, mulheres, temos que ter direitos sim. Direitos como qualquer outro. Mas o que acontece, que tenho percebido, é que nessa onda dos direitos iguais (aos dos homens, porque é isso mesmo) as mulheres se perderam, copiando as mesmas atitudes. Se tratando de atitudes positivas, ok! Mas se podemos pegar o melhor das pessoas, por que pegarmos o pior? Mulheres agindo da mesma forma mal caráter que julgávamos ser atitude de homens, que são "cafagestes". Minha peregrinação por essa vida de loucura, mundana, me apresentou várias coisas. Inclusive que não existe caráter masculino ou feminino. São pessoas. E é estranho. Por que as mulheres falam mal dos homens, criticam, e continuam com eles? Ou são mazoquistas ou exageram no que falam ou eles não são tudo isso. Não na forma generalizada. Porque alguns sim amam, fazem bem ao outro, têm bom coração...como há mulheres terrivelmente perversas. E disso sim...disso eu tenho provas!


*imagem - kurt halsey frederiksen

terça-feira, 15 de junho de 2010

O que nos resta?

O que anda acontecendo com as pessoas? Olho para os lados e vejo poucos os que se realizam. Ouço gritos de desespero, medo e sofrimento. Uma vida que parece não começar nunca. Mas ainda? Como? Quando é que a vida realmente começa então? Não é quando abrimos os olhos e vimos uma luz depois de nove meses na escuridão? Percebo que não! É como se todos simplesmente fossem expelidos e pronto! Nada mais acontece. Tudo é mecânico. Aprender a andar, falar, ler. E os sonhos? Quando aparecem em nossa mente? É aí...o grande dilema começa aí: com os sonhos. Quando começamos a sonhar é como se surgisse um "que" de sentido e pra lá nós vamos. Mas nem sempre dá certo. Nem sempre dá errado. Tudo depende, sempre. Se somos movidos a sonhos, o que acontece se eles não se realizarem? Sofre. Até quando? Não sei...Talvez até o momento em que sonhamos outra coisa. E assim vai. Então a vida é um amontoado de sonhos a serem conquistados e ressonhados? Pode ser que sim...Pode ser que não. E se não sonhamos? O que nos resta?
*imagem - kurt halsey frederiksen

domingo, 13 de junho de 2010

Não tente me enganar
Vejo em seu olhar que já não existe
Aquele mesmo amor que nunca esperou
Acabar tão triste.

Não tente me dizer palavras que eu
Já não acredito
Eu posso compreender o que restou de um amor
Que foi tão bonito.

Eu fiz daquele amor o meu sonho maior
Minha razão de tudo
Foi pouco o que restou
De tanto que existiu
Recordações e nada mais.

Não, não vá me dizer palavras que venham
Me fazer chorar depois
Eu sei que vou viver
Por muito tempo ainda
Das lembranças de nós dois.



Palavras, Zeca Baleiro

Fim de Caso

Desde a primeira vez em que assisti Fim de Caso, de Neil Jordan, me apaixonei. E todas as vezes que revejo é a mesma emoção. Apesar de ser uma história de amor baseada no adultério, mostra as várias formas de se amar ou ter carinho por alguém, além de abordar com sutileza a fé em Deus. Filme altamente poético!

Sarah (Julianne Moore) é casada com Henry Miles (Stephen Rea) há anos, com quem mantém um casamento estável, mas não de paixão. Até que conhece o novelista Maurice Bendrix (Ralph Fiennes), por quem se apaixona e passa a ter um tórrido romance. No entanto, sem muita explicação, Sarah termina o caso com Maurice. 

O filme se passa na década de 40, em plena segunda guerra, dando um ar intenso e sensível a história. Sem contar com a beleza e o charme de sempre de Julianne Moore, com uma personagem de voz suave, de ar tímido e doce.


Trecho
Sarah: O amor não acaba só porque não nos vemos.
Maurice: Não?
Sarah: As pessoas amam a Deus a vida toda, sem vê-lo.
Maurice: Não é o meu tipo de amor.
Sarah: Talvez não haja outro tipo.

CuriosidadeO filme é baseado numa história real, ocorrida entre o escritor Graham Greene e seu romance adúltero com Catherine Waltson, mais tarde transformado em livro pelo próprio Graham Greene. (Fonte: adorocinema.com.br)

Eloïse

Lindo, singelo e delicado! Assim é Eloïse, de Jesús Garay, sobre a homossexualidade feminina. O filme conta a história de Asia (Diana Gómez), jovem de 18 anos, que nunca teve voz forte e sempre seguiu o fluxo da vida, sem muitos questionamentos, mesmo se sentindo infeliz, de certa forma. Com uma mãe autoritária, Asia faz faculdade de arquitetura, onde começa a namorar Nathaniel (Bernat Saumell), apaixonado por ela. 

No entanto, ao conhecer Eloïse (Ariadna Cabrol), Asia começa a ter contato com um novo mundo, com a arte e um outro olhar sobre vida. Começa a ver que há outros caminhos a serem seguidos e que não existe uma realidade única. 

Essa descoberta e toda a dúvida angustiante de se deparar com uma nova possibilidade de paixão são visivelmente sentidas nas emoções de Asia durante todo filme. 

Vale a pena conferir!

quinta-feira, 10 de junho de 2010

A solidão é meu cigarro
Não sei de nada e não sou de ninguém
Eu entro no meu carro e corro
Corro demais só pra te ver, meu bem

Um vinho, um travo amargo e morro
Eu sigo só porque é o que me convém
Minha canção é meu socorro
Se o mar virar sertão, o que é que tem?

Dias vão, dias vêm, uns em vão, outros nem
Quem saberá a cura do meu coração se não eu?
Não creio em santos e poetas
Perguntei tanto e ninguém nunca respondeu
Melhor é dar razão a quem perdoa
Melhor é dar perdão a quem perdeu

O amor é pedra no abismo
A meio-passo entre o mal e o bem
Com meus botões à noite cismo
Pra que os trilhos, se não passa o trem?

Os mortos sabem mais que os vivos
Sabem o gosto que a morte tem
Pra rir tem todos os motivos
Os seus segredos vão contar a quem?

Dias vão, dias vêm, uns em vão, outros nem
Quem saberá a cura do meu coração se não eu?
Não creio em santos e poetas
Perguntei tanto e ninguém nunca respondeu
Melhor é dar razão a quem perdoa
Melhor é dar perdão a quem perdeu

Não creio em santos e poetas
Perguntei tanto e ninguém nunca respondeu
Melhor é dar razão a quem perdoa
Melhor é dar perdão a quem perdeu



Cigarro, Zeca Baleiro

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Será?

Acompanho bastante a coluna do jornalista Luiz Caversan no site da Folha de São Paulo. Textos tocantes e reais. De problemas, sentimentos e emoções que podem ser encontrados em cada esquina, em cada indivíduo. O texto da última postagem da coluna de Caversan parecia escrita para mim e todos os cidadãos que fazem a mesma pergunta neste mundo: "É impossível ser feliz sozinho?". Então aproveitem:




Por que tanto medo?
Você nasceu sozinho e sozinho baixará à sepultura, não tem jeito...
Por que tanta aflição?
Aquela história de que é impossível ser feliz sozinho foi criada apenas para solucionar o verso daquele cantor, como é mesmo o nome dele?
Está triste? Passa. Até uva passa...
Dói? Dói muito, a dor que deveras sente, porque dor de coração dói na alma, no braço, no calcanhar, no queixo, dói tudo e mais um pouco, porque a dor da alma de verdade é aquela que você cultivou para ser a não-dor, para ser o não-fim, para ser a lindeza de um amor tranquilo, e quando desaba, sai debaixo...
Mas por que tanto desespero?
O vazio do peito cresce e abarca, entope de tanta ausência?
Fazer o quê, meu caro, se o amor que tu me tinhas era pouco e se acabou, não é?
Não?
Tem dúvidas?
E qual o amor que não resta dúvidas, qual o fim que deixa certezas, qual a vida que prescinde da morte e vice versa?
Olha, vai lá, sai pra rua, deixa pra trás essa poeira que, é bom que você saiba, nunca vai assentar, viu?
Levanta e anda, porque a paralisia só faz a dor doer ainda mais.
Corre, grita, arfa, xinga, morde e engole.
Pense em todas as besteiras que puder pensar, surte todos os surtos e suba e desça, encolha até virar uma fatia fininha de sentimento algum.
Porque a dor que deveras sente é a pior, meu amigo, a que mais dói.
A dor de quem fica enquanto o outro vai.
Ou dor de quem vai enquanto o outro fica.
Tanto faz.

terça-feira, 25 de maio de 2010


Não sei mais por onde andar
Todos os caminhos me levam ao mesmo lugar
Lugar onde não há mais sentido
Onde tudo se foi, acabou
Na ausência de um sorriso
Uma palavra, um abraço
Nada existe mais
Por onde se perdeu?
Se um dia foi verdade, ou será foi sonho?
Sem sentido, sem motivo
Apenas sonho
A realidade bate a porta, mas esta não se abre
E não quer se abrir...sonho

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Suspiro


Como entender a vida e seus acontecimentos? O questionamento sobre a vida é constante em mim, em minha mente, em minha alma. Algo que muitas vezes quase me leva a loucura, mas ainda consigo encontrar um fio de sanidade para voltar o mundo. Até quando? E tudo isso foi muito aguçado ao assistir o filme O Escafandro e a Borboleta, de Julian Schnabel. Ótima sugestão para uma tarde de domingo. O dia em que sempre paramos para pensar na vida mesmo.

Quanta tristeza, iminência da loucura, perguntas sem resposta, sofrimento, vazio e outras milhares de sensações uma pessoa pode ter quando se torna uma morta viva, ou viva morta. Baseado em fatos reais, o filme narra a história do jornalista Jean-Dominique Bauby (Mathieu Amalric), editor da revista francesa de moda Elle, que aos 43 anos sofre um derrame cerebral.

O longa tenta apresentar como foi essa fase da vida do jornalista, seus pensamentos em relação ao que lhe ocorreu até a construção de seu livro, contando toda sua angústia. Será que realmente é preciso que paremos numa nulidade total para que possamos conseguir entender a vida de fato?

sábado, 17 de abril de 2010

Em que revolução estamos agora?

Acabo de assistir uma "matéria" sobre virgindade. Parece que ser virgem virou moda novamente. Aliás, mais do que isso: virou comércio. Depois de meados do século XX, da revolução sexual, do movimento feminista, de woodstock, "sexo, drogas & rock'n roll", eis que chega a época da castidade.

O interessante é que, mais um vez, os personagens que propagam essa nova forma de rever o sexo são pessoas públicas, artistas, e, na maioria das vezes, jovens. Grupos como Jonas Brothers, por exemplo, além de levantarem a bandeira do "sexo só depois do casamento", ainda são homens. O que torna o assunto ainda mais interessante.

Outra celebridade que também me chamou atenção foi a modelo Adriana Lima. Aos 28 anos dizia que ainda era virgem e se guardava para o homem certo. Eu li errado, ou há alguns anos ela namorou o cantor Lenny Kravitz? Comentários a parte, o fato de ser modelo deixou muita gente de queixo caído. No mundo das grandes beldades uma virgem? Quase inacreditavel! Enfim...

Além de representações por personagens midiáticos, ainda descobri que existem objetos de consumo. O que torna tudo ainda mais contraditório. Não estava na moda a pulseira do sexo? Pois também já existem anéis, colares e pulseiras da castidade.

O que Sartre e Simone achariam de tudo isso? Onde está o liberdade sexual e as transgressões? Será que todos se cansaram da luta e resolveram levantar a bandeira branca?

Outro dia ouvi alguém dizer que sexo era uma das coisas mais bonitas que existiam. E aí respondi: se visualize numa posição bem apropriada do sexo e me diz se realmente acha bonito. A pessoa ficou sem resposta.

Claro que depende com quem faz, o momento e tudo mais, todo o contexto conta, mas sexo é sexo. Nada além disso.

E volta toda aquela história da Cinderela que acredita que um dia vai encontrar o príncipe encantado que a tornará feliz para sempre...

Em que revolução estamos agora?

terça-feira, 6 de abril de 2010

Superações insuperáveis

Há quem diga que nada na vida é insuperável. Sempre tive minhas dúvidas a respeito disso. No entanto, às vezes, encontramos pessoas que compartilham da mesma opinião ou visão sobre a vida. Assim me senti acolhida e viva depois de assistir a Direito de Amar (A Single Man), de Tom Ford. Traduções ao "pé da letra" a parte, como superar o que muitas vezes parece ou é insuperável? Feridas que não cicatrizam, ou mesmo que sim, a marca está ali para que você veja todos os dias e relembre de como foi dolorido.

Assim é Direito de Amar. George (Colin Firth), professor de inglês, sofre com a perda inesperada de seu companheiro, Jim (Matthew Goode), com quem vivia há 16 anos. Todo o sentimento de vazio, de falta de sentido na vida, faz com que George tente suicídio algumas vezes. Mesmo depois de quase um ano da morte de Jim, George sente a mesma dor. Na prostração em que se encontra, ele ainda tenta achar algo que o faço sentir que a vida tem sentido novamente....Será?


A dor da perda é algo inexplicável. É a dor do luto. É como andar no escuro a procura de uma mão que nunca mais alcançará. É tentar respirar mergulhado na imensidão do mar. É sentir o chão sair por completo debaixo dos seus pés. É não ter apoio. Não ter mais aquele beijo de boa noite reconfortante e muito mesmo o de bom dia, com um sorriso. É sentir o cheiro mesmo na ausência. É perder o controle dos pensamentos, das faculdades mentais. Perder o brilho no olhar.


Mesmo que a perda não tenha sido pela morte, mas pela vida!

Trailler

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Conversa durante uma sessão de cinema

Duas amigas vão ao cinema. Uma, antes de entrar, para na farmácia para comprar remédio, pois está com muita dor de cabeça.


Sentadas nas confortáveis poltronas da salinha escura, Ana diz:
- Me dá uma bala?


Marta responde:
- Não tenho. Bem que a gente podia ter comprado, mas você é sempre apressada.

Ana, insatisfeita:
- Então vamos tomar remédio mesmo!

sábado, 27 de março de 2010

Amar é querer bem, admirar as qualidades e se esquecer dos defeitos. É se calar junto e sentir a paz absoluta ao redor. É querer ouvir a cada instante uma voz doce. É num simples abraço se sentir protegido. É errar, reconhecer o erro seguir a diante. É ficar longe e sentir o cheiro do outro no ar. É fazer amor e sentir um prazer absurdo, como se os dois corpos tivessem se fundido em um só. É dormir agarradinho a noite inteira e mesmo assim não acordar com dor. E levantar do melhor sono e receber um beijo de bom dia. É apenas com um olhar dizer tudo o que se pensa e sente, sem precisar falar uma só palavra. É querer...amar...e mais nada.


é pra quem se deixar amar...

Lamúrias de um amor pré-concebido 2

Discussões
Palavras ditas ao vento
Olhares diretos
Abraços gelados

Calmaria
Carinho
Amor

No silêncio que domina minha alma
Minha mente, meu pensamento

No silêncio que me obriga a aceitar
Com a falta e saudade que vem junto dele
Uma ausência dolorosa, sofrida

Saudade que corrói por dentro do corpo
Como se cada parte se esticasse
Dilacerando, corroendo

Sentindo cada nervo se romper
Sangrar, gritar

E onde está?

Silêncio

Lamúrias de um amor pré-concebido

Sempre digo que Paulinho Moska sabe das coisas. Das coisas da vida, do amor, do sentimento, da emoção. Como é difícil compreender as várias formas de amar e de se querer bem. Um carinho, um abraço, um beijo...Cada gesto desperta uma emoção, uma vontade. De querer...de querer sentir e tentar.

Não se pode obrigar algo a acontecer. É preciso deixar fluir, de acordo com o que tem que ser, ou com o caminho que acha que tem que seguir. 


Quando se tem o amor dentro do corpo, não físico, mas o emocional, algo que transcende qualquer forma de explicação, não há nada a temer, nem a fazer. Apenas se entregar a esse sentimento sem culpa, sem receio, sem amarras...


É querer ficar junto, parar o tempo, anestesiar as dores...consumir o outro como uma matéria única e infinita na sua plenitude. No seu peso, odor, sabor.

Amor
i don't wanna wait forever
but you know i would
you'd better hope i don't say "now or never"
'cause you know i could.
my whole life i'm searchin' for
someone like you
to take me gently by the hand
and show me what to do.

my whole life,
it's not over
it's my whole life...

if you're gonna say you love me
then, i love you, too
i don't wanna hear you tell me "shut up again"
yeah, i heard you.
my whole life is flashing
right before my eyes
no more fabricated hellos
and no more sad goodbyes:



Bif Naked

quarta-feira, 24 de março de 2010

FEMENINA

O Festival Femenina desse ano está a todo vapor. Serão dois dias de muito movimento. E você? Quer estar por dentro? Além de shows, grafitti, skate, exposição, circo, teatro e dança vai ter oficinas.
Mais informações acesse coletivo-femenina.blogspot.com



Fragmentos de um pensamento sem raciocínio lógico

Grande questionamento atual...como é fácil julgar a vida do outro ouvindo uma história ou outra. Vendo e ouvindo histórias de situações atuais, esquecem que existe toda uma vida. Momentos, tristes ou felizes, dores, amores, prazeres...

Nada é único, singular. Tudo é uma mistura de experiências que nos tornam o que somos. Porque somos o que vivemos. E assim é e sempre foi.

Dor não se julga. Problemas não se pesam. O que existe é a força que cada um tem para sustentar um tanto. É a singularidade de sermos o que somos. E de não termos que dar explicação sobre isso.

E de agirmos e reagirmos de acordo com nossa própria consciência e nosso sentimento.


É viver...

terça-feira, 2 de março de 2010

Crônica de um amor incurável 3

Como seguir se o fim sempre é certo?
Como não se mover se é a única forma de viver?
Como viver com a existência do fim?


Andar, caminhar, correr na escuridão...
Sem sentir, sem tocar


Perguntas...respostas...em vão


Não adianta pedir perdão
Não adianta uma palavra de amor
Não adianta

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Passos de Mirela

Achando que podia enganar a si mesma, Mirela se deixou levar por uma nova paixão. Dores, feridas e decepções passadas pareciam não mais fazer parte da sua mente e do seu coração. Engano! Como se entregar a uma nova paixão, quando o que ficou foram desapontamentos e desilusões?


Às vezes é difícil enxegar a sorte com bons olhos...muitas vezes ela passa despercebida na nossa frente, enquanto olhamos para os lados.


Às vezes é melhor ficar parada, petrificada, anestesiada...pois todas as dores são sanadas.


E assim...Mirela seguiu...

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Eu respiro tentando encher os pulmões de vida
Mas ainda é difícil deixar qualquer luz entrar
Ainda sinto por dentro toda dor dessa ferida
Mas o pior é pensar que isso um dia vai cicatrizar
Eu queria manter cada corte em carne viva
Minha dor em eterna exposição
E sair nos jornais e na televisão
Só pra te enlouquecer até você me pedir perdão

Eu já ouvi cinqüenta receitas pra te esquecer
Que só me lembram que nada vai resolver
Porque tudo, tudo me traz você
E eu já não tenho pra onde correr

O que me dá raiva não é o que você fez de errado
Seus muitos defeitos nem você ter me deixado
Nem seu jeito fútil de falar da vida alheia
Nem o que eu não vivi aprisionado em sua teia
O que me dá raiva são as flores e os dias de sol
E cada beijo teu e o que eu tinha sonhado pra nós
São seus olhos e mãos e seu abraço protetor
É o que vai me faltar
O que fazer do meu amor?



FREJAT

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Me olhou com olhos de querer
Me beijou com a sede de sentir
Me abraçou com a ternura de um carinho


O que mais pensar?


Não há palavras
Não há pensamentos
Não há...E sim, apenas sentir

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Crônica de um amor incurável 2

A dor e a angústia de sentir
Amor, dor, aperto
Sofrimento contínuo
Incurável
Necessário


Lembranças que atormentam
Confundem


Lembranças. Uma vez disseram que o cérebro é uma ilha de edição.
Só esqueceram de explicar que o comando nem sempre está em nossas mãos

Crônica de um amor incurável

Nada que entra para
Nada que sai volta
Nada que escorre molha
Nada que se sinta responde

Nada
Nada
Nada

Qualquer ação, certeza ou julgamento
Não tem a dimensão de um sentimento

Que fica, morre, vive...nunca saberemos