terça-feira, 13 de março de 2007

Contradições do cotidiano! Ou será realidade nua e crua?

Semana passada foi o dia Internacional da Mulher. Chega até ser irônico. Em plena semana de comemorações das conquistas femininas, aparece estampada em todos os jornais a jovem Ana Paula Jorge Souza, 21 anos. Suspeita de ser a chefe de uma quadrilha que fazia assaltos na cidade de Campinas, São Paulo, Ana Paula passa a se integrar no grupo das jovens, loiras, bonitas e ricas e que, por algum motivo (independente de qual for), acabam entrando para o crime ou participam de alguma forma pelo menos. Essas características já estão virando esteriótipo no Brasil.

Isso sem esquecer de Suzanne Von Ric...(nome tão complicado quanto sua mente) que ao meu ver ainda foi ao mais fundo que se possa imaginar, assassinando os próprios pais.

Vamos parar e refletir: o que está acontecendo com o mundo? Conquistas? Olho para os lados e vejo sim, conquistas...Porém, paralelas estão suas consequências. Poderiam essas consequências serem boas? Sim! Acredito que sim. Mas então, por que será que não são? O que falta na vida das pessoas? Em que momento da história passou a ser tão difícil seguir um caminho correto na vida?

O que pensaram quando tiveram tais atitudes?

Quando um menino desce do morro e entra na casa dos outros, rouba seu carro ou até te mata, alguns pensam: há motivos para tais atos! E no caso delas? Que motivos tão fortes são esses?

Infelizmente tenho uma teoria que vai até contra tudo que prego. Mas a verdade é que, apesar de tantas conquistas que as mulherem tiveram, tenho que admitir que a saída da mãe, como dona de casa, protetora do lar e tal, para o mercado de trabalho, afetou perpétuamente o desenvolvimento dos filhos.

Como todos estão correndo quanto ao tempo, não há horário para se passear como antes; cansados do trabalho, não há pique para brincar de vez em quando...e por aí vai.

É só questão de parar, observar e pensar!

Não é culpa das mulheres. Elas não tem culpa de absolutamente nada. É culpa de uma sociedade que usa pessoas como marionetes e robôs, mas que na hora de um resultado negativo de suas atitudes, não têm a quem recorrer e sim apenas chorar!

Até a próxima!

quinta-feira, 8 de março de 2007

Pagu

Em 1910 nascia, em São Paulo, uma brasileira que, por suas atitudes, desmontaria sozinha toda a representação sobre a sujeira, a fraqueza, a obediência, a inércia e a passividade da mulher. Essa é Patrícia Galvão, mais conhecida como Pagu.

Aos 12 anos ela presencia a Semana de Arte Moderna de 1922 e o início do movimento modernista, do qual mais tarde iria participar. Em 1928 entra em contato com o grupo da Antropofagia, movimento esse que representa o extremismo do modernismo, sua forma mais revolucionária, reproduzindo e intensificando todos os tipos anteriores de ruptura.

Desenhista, poetisa e escritora, Pagu encontrou o casal mais requisitado da sociedade paulistana: Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral. Mais tarde Oswald deixa Tarsila para viver com Pagu.


Pagu ingressou no Partido Comunista e chegou a ser presa em Santos, em 1931, quando participava dos movimentos operários e das agitações nas ruas. Separou-se de Oswald, lançou vários romances, foi trabalhar de lanterninha de cinema na Cinelândia e em 1933 começou a correr o mundo, atuando como correspondente de jornais brasileiros.

Foi aos EUA, Japão, China (onde entrevistou Freud), Rússia (quando se decepcionou com o regime comunista) e França (onde se filiou ao Partido Comunista Francês e acabou sendo presa três vezes como comunista estrangeira).

Quando volta ao Brasil é presa em razão da Intentona Comunistas. Além de torturas, sofre perseguição dos próprios correligionários de partido.

Durante toda a década de 1940, Pagu trabalhou ativamente na imprensa, muitas vezes exercitando combativamente a crítica literária.

Na década de 50 ela se aproxima cada vez mais do teatro e passa a frequentar a Escola de Arte Dramática de São Paulo (EAD).


Mais informações:

http://www.vidaslusofonas.pt/pagu.htm

http://www.pagu.com.br/index2.asp


Até a próxima!

quarta-feira, 7 de março de 2007

Leila Diniz

"Você pode amar muito uma pessoa e ir para a cama com outra. Já aconteceu comigo".

Em meio a virada culturalista que o mundo todo experimentava na década de 60, com os movimentos de contra-cultura nos Estados Unidos; Maio de 68 na França; e movimento de juventude contra as ditaduras na América Latina, Leila Diniz protagonizou no Brasil a "revolução pela alegria".

Leila foi uma pessoa que, com suas atitudes, confundia os poderes instituídos. A esquerda a considerava artificial e a direita, imoral.

Leia Diniz morreu num acidente aéreo em que o avião da Japan Airlines explodiu perto de Nova Déli, na Índia. A atriz voltava da Austrália, onde tinha participado do Festival Internacional de Adelaide, para promover o filme "Mãos Vazias". Leila morreu jovem, aos 27 anos, mas viveu a vida com autenticidade, espontaneidade, irreverência, alegria e muita paixão.
Ela quebrou tabus de uma época em que a repressão dominava o Brasil. Escandalizou ao exibir sua gravidez de biquini sem nenhum pudor e chocou o país inteiro ao proferir a frase: "Trepo de manhã, de tarde e de noite".

Era uma mulher a frente de seu tempo, ousada e que detestava convenções. Foi invejada e criticada pela sociedade machista das décadas de sessenta e setenta. Era mal vista pela direita opressora, difamada pela esquerda ultra-radical e tida como vulgar pelas mulheres de sua época.

Mais informações:

Até a próxima!

terça-feira, 6 de março de 2007

Simone de Beauvoir

"Prometi a mim mesma não me esquecer, quando fosse adulta, de que, aos cinco anos, já se é um indivíduo completo".
Escritora francesa, Simone de Beauvoir, ficou conhecida internacionalmente com dois volumes de seu livro "O Segundo Sexo" - Fatos e Mitos (vol. I) e A Experiência Vivida (vol. II), em que trata da condição da mulher na sociedade, no âmbito sexual, psicológico, social e político.

Suas obras, entre romances, ensaios e memórias, são inspiradas em suas experiências pessoais, sempre retrantando temas existencialistas.


"...é um absurdo censurar a uma obra o fato de representar alguma coisa; mas há grande diferença entre significar e demonstrar; a existência é sempre significante ainda que nunca prove coisa alguma; o objetivo do escritor consiste em mostrá-la recriando-a com palavras; ele a atrai, ele a empobrece se não lhe respeita a ambiguidade".

Nome importante relacionado a condição da mulher na sociedade patriarcal, Simone teve grande influência sobre os futuros movimentos feministas que vieram, mais tarde, lutar pela causa. Seu pensamento vai além de seus livros. Sua atitude é ainda mais importante que sua teoria. Simone manteve um relacionamento avançado para a época, com o filósofo Jean-Paul Sartre, formando assim um casal bem atípico para sua geração. Com ele participou de manisfestações culturais, políticas e sociais pelo mundo.

Até a próxima!

sexta-feira, 2 de março de 2007

BBB 7

Como pode um simples programa de televisão ter tanto poder sobre as pessoas? Questionei isso nesta última terça-feira, quando a interiorana Íris foi eliminada do programa com seus 57%. De acordo com Mister Bial, mais de 22 milhões de pessoas ligaram para o programa nesse dia para votar no famoso paredão. É o mais perfeito exemplo de como o ser humano tem prazer em observar, falar e saber da vida alheia. Pois, se não for por isso, qual seria o motivo para que todos nós assitíssemos dia após dia várias pessoas (bonitas, sempre) presas em uma casa, onde não precisam trabalhar para pagar contas e vivem praticamente em férias. E ainda: depois das férias têm a fama, mesmo que seja apenas 15 minutos.

Até mesmo os que dizem "não. eu não assisto isso. tenho mais o que fazer. essas pessoas já têm a vida ganha"... Pode ter certeza que até essas páram alguma hora para dar a velha "espiadinha"!!

E o pior: eu sei que VOCÊ também faz isso!

Até a próxima!