domingo, 30 de novembro de 2008

Aumenta o número de vítimas da chuva

Maíra Mello - O Fluminense

Subiu para 833 o número de desabrigados no Rio por conta das chuvas, segundo levantamento da Coordenação da Defesa Civil do Estado. O número de desalojados não teve alteração e se manteve em 2.023 pessoas.

O aumento dos desabrigados no Estado é resultado da forte chuva que caiu em Campos, no Norte Fluminense, na última quinta-feira. Cerca de 436 pessoas ficaram desabrigadas na cidade. De acordo com o comandante Henrique Oliveira, da Defesa Civil no município, o número de desabrigados tende a aumentar, já que a chuva continua a cair na região.

Segundo a Secretaria estadual de Saúde e Defesa Civil, o município mais castigado pelas chuvas até agora é Rio Bonito. A Defesa Civil do município confirmou duas mil casas com risco de desabamento. Os principais bairros atingidos são Boqueirão, Bosque Clube, Rio Vermelho e Marajó, onde duas pessoas morreram após deslizamento de terra na terça-feira. Aproximadamente 1,2 mil pessoas estão desalojadas e 40 desabrigadas.

De acordo com a Secretaria de Comunicação de Rio Bonito, ontem um helicóptero águia da Polícia Militar sobrevoou a cidade, com a secretária municipal de Meio Ambiente, Carmem Mota, o geólogo Paulo Guimarães, do Departamento de Recursos Minerais, e o tenente-coronel Bandeira, coordenador da Defesa Civil estadual na região, para analisar a situação e tomar as medidas necessárias.

O prefeito José Luiz Alves Antunes, o Mandiocão, colocou toda a equipe municipal em regime de plantão para o final de semana. "Estamos fazendo o possível para que não tenhamos mais vítimas fatais". Mais de 215 mil pessoas foram afetadas pela forte chuva dos últimos dias no Estado, além de três óbitos, um em Volta Redonda e dois em Rio Bonito.

Municípios têm postos para receber doações

A Prefeitura de Rio Bonito disponibilizou o número da conta corrente para que as pessoas possam fazer doações às vítimas dos temporais em Rio Bonito. O número é 15602-7, agência 0627-0, no Banco do Brasil.

Também há locais em outros municípios onde as doações podem ser feitas: em Niterói, no Centro Universitário Plínio Leite (Centro); em Itaboraí, na Secretaria de Desenvolvimento Social (Centro); em Tanguá, na Defesa Civil Municipal (Centro); em Rio Bonito, na Igreja de São João Batista, Igreja Batista, Ciep Professor Honesto de Almeida Carvalho (bairro da Mangueirinha) e na Secretaria de Bem-Estar Social (Centro); e em São Gonçalo, no Centro de Referência em Assistência Social (Barro Vermelho).

Hoje, às 13 horas, motociclistas do grupo Bode do Asfalto, formado por maçons de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Rio de Janeiro levam doações às famílias que sofreram com a forte chuva em Rio Bonito. Os produtos serão entregues ao Hospital Regional Darcy Vargas.De acordo com a concessionária Autopista Fluminense, responsável pelo trecho da BR-101 que vai da Ponte Rio-Niterói à divisa com o Espírito Santo, a rodovia está parcialmente interditada na altura do quilômetro 28, em Campos. Ontem a equipe da concessionária esteve no local para resolver a situação.

Na última quinta-feira, a Sesdec já havia decretado estado de emergência em cinco municípios fluminenses: Carapebus, Silva Jardim, Paracambi, Barra do Piraí e Rio Bonito. Essas cidades, junto a Campos, têm a maior parte dos desalojados e desabrigados.

Ao nosso lado

Depois de muitos acontecimentos vemos que todos os clichês são verdadeiros. Isso é comprovado cientificamente (de acordo comigo, claro!). Como estar perto da família. Nem todas são iguais, nem todas são legais. Nenhuma mulher nasce com o tal instinto maternal...nem todo pai é o grande herói. Mas quando pelo menos algumas coisas sobram dessa mistura toda, ainda sim vale a pena.

É poder compartilhar. Saber quer existem pessoas que realmente te conhecem sem você ter que dizer uma só palavra. Briga, chora, pára até de falar...mas nunca por muito tempo. Porque são necessários hoje e sempre. Eternamente!

Faz falta...

sábado, 29 de novembro de 2008

A vida anda...pra frente sempre

Minha saga jornalística essa semana se deparou com uma ótima oportunidade. Que meu lance é cultura todos sabem. Revista então, nem se fala.
Por isso, queridos leitores, quem tiver sugestão de pauta sobre comportamento, deixem aqui. Sua sugestão é muito valorizada. E saiba que estará ajudando essa jornalista a voar mais alto em breve.
Thanks...merci...brigaduu!!

sábado, 22 de novembro de 2008

Eu ando pelo mundo
Prestando atenção em cores
Que eu não sei o nome
Cores de Almodóvar
Cores de Frida Kahlo
Cores!

Passeio pelo escuro
Eu presto muita atenção
No que meu irmão ouve
E como uma segunda pele
Um calo, uma casca
Uma cápsula protetora
Ai, Eu quero chegar antes
Prá sinalizar
O estar de cada coisa
Filtrar seus graus...

Eu ando pelo mundo
Divertindo gente
Chorando ao telefone
E vendo doer a fome
Nos meninos que têm fome...

Pela janela do quarto
Pela janela do carro
Pela tela, pela janela
Quem é ela? Quem é ela?
Eu vejo tudo enquadrado
Remoto controle...

Eu ando pelo mundo
E os automóveis correm
Para quê?
As crianças correm
Para onde?
Transito entre dois lados
De um lado
Eu gosto de opostos
Exponho o meu modo
Me mostro
Eu canto para quem?

Pela janela do quarto
Pela janela do carro
Pela tela, pela janela
Quem é ela? Quem é ela?
Eu vejo tudo enquadrado
Remoto controle...

Eu ando pelo mundo
E meus amigos, cadê?
Minha alegria, meu cansaço
Meu amor cadê você?
Eu acordei
Não tem ninguém ao lado...

Adriana Calcanhoto


E isso é tudo que tenho a dizer por hoje....

sábado, 8 de novembro de 2008

"O homem Cordial"

"Era um homem cordial. Fazia questão disso. Adorava ser educado, usar palavras gentis, dar preferência, ter compostura. Adorava a palavra compostura.

Na fila do banco, do supermercado, numa loja, na padaria, sempre olhava para ver se tinha algum idoso, alguma mulher, uma grávida quem sabe, com quem pudesse ser gentil, a quem pudesse ceder a vez.

No trânsito, costumava ser insultado com freqüência, porque vivia deixando qualquer um passar na frente, esperava aquela velhinha atrapalhada estacionar sem pressa, nem chegava perto dos motoboys, parava no sinal ainda amarelo, nunca ultrapassava a velocidade permitida. "Sai da frente, mané! Roda presa!", ouvia, e deixava para lá, com um sorriso superior, de quem sabia exatamente o que estava fazendo e fazia exatamente o que queria fazer: ser correto, gentil, sem estresse, tentando provar para ele mesmo, para sua família e para o mundo que, sim, o homem é basicamente bom. E o brasileiro, particularmente, é cordial, o Sergio Buarque de Hollanda estava certo...

Houve um dia que chegou ao cúmulo de esperar mais de uma hora no aeroporto porque não agüentou assistir ao bate-boca entre um passageiro que perdera o vôo e o atendente, ambos explodindo de irritação. Para acabar com aquele "clima ruim", cedeu seu lugar para o Rio de Janeiro. "Vou no próximo, é ponte aérea, não demora nada", afirmou para interlocutores totalmente atônitos.

Não que esperasse alguma coisa em troca da sua gentileza. Já tinha ouvido falar do tal profeta do Rio, aquele que dizia que "gentileza gera gentileza", mas nem com relação a isso alimentava muita expectativa. Agia dessa maneira simplesmente porque achava correto.

Como achava correto dar bom dia e boa tarde, apertar o botão do elevador para os demais passageiros, abrir a porta do carro para as mulheres.

Também não achava correto fechar o vidro na cara daqueles maltrapilhos que vinham pedir esmola no semáforo ali na esquina da sua casa. Até conhecia alguns, sempre dava uns trocados, por isso não estranhou quando o homem se aproximou com a cabeça coberta por um cobertor imundo e encostou no carro, como que pretendendo limpar o pára brisa, com um paninho mais imundo ainda. Abriu o vidro apenas para dizer que não precisava limpar o vidro, que de fato não seria limpo mesmo, porque iria dar a moeda para o homem de qualquer jeito.

Não deu tempo de dizer nada, porque por debaixo do cobertor surgiu a outra mão do homem, com um caco de garrafa pontiagudo.

O corte pegou da boca até a orelha, quase talhando a jugular, passando perto do olho.

Conseguiu chegar ao hospital tempo de estancar a hemorragia, levou dezenas de pontos, quase sucumbiu a uma infecção, mas já está em casa, sem poder falar.

É meio perversa a minha curiosidade, mas queria saber o que ele pensa agora a respeito da cordialidade.

É difícil saber qual é o limite da bondade (e da maldade) humana."

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Luíz Caversan - colunista do site da Folha


Ps. E aí eu pergunto: Em que mundo estamos??? Ou melhor: em que mente estamos???

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Boas Novas

Enfim, vê-se uma luz no fim do túnel. Depois de um fim de ano conturbado, o início de outro frenético, eis que chega a paz. Um novo ciclo de minha vida começa com o pé direito. Nervosismo e muita expectativa de mudanças.

Sempre com a boa energia de amigos, que são poucos, porém cheios de amor para me dar. E isso basta!!!

A partir de hoje posso realmente fazer jus ao meu tão suado canudo e a todas as pessoas chatas que tive que aturar durante a faculdade.

Enfim, sou jornalista.