quinta-feira, 8 de março de 2007

Pagu

Em 1910 nascia, em São Paulo, uma brasileira que, por suas atitudes, desmontaria sozinha toda a representação sobre a sujeira, a fraqueza, a obediência, a inércia e a passividade da mulher. Essa é Patrícia Galvão, mais conhecida como Pagu.

Aos 12 anos ela presencia a Semana de Arte Moderna de 1922 e o início do movimento modernista, do qual mais tarde iria participar. Em 1928 entra em contato com o grupo da Antropofagia, movimento esse que representa o extremismo do modernismo, sua forma mais revolucionária, reproduzindo e intensificando todos os tipos anteriores de ruptura.

Desenhista, poetisa e escritora, Pagu encontrou o casal mais requisitado da sociedade paulistana: Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral. Mais tarde Oswald deixa Tarsila para viver com Pagu.


Pagu ingressou no Partido Comunista e chegou a ser presa em Santos, em 1931, quando participava dos movimentos operários e das agitações nas ruas. Separou-se de Oswald, lançou vários romances, foi trabalhar de lanterninha de cinema na Cinelândia e em 1933 começou a correr o mundo, atuando como correspondente de jornais brasileiros.

Foi aos EUA, Japão, China (onde entrevistou Freud), Rússia (quando se decepcionou com o regime comunista) e França (onde se filiou ao Partido Comunista Francês e acabou sendo presa três vezes como comunista estrangeira).

Quando volta ao Brasil é presa em razão da Intentona Comunistas. Além de torturas, sofre perseguição dos próprios correligionários de partido.

Durante toda a década de 1940, Pagu trabalhou ativamente na imprensa, muitas vezes exercitando combativamente a crítica literária.

Na década de 50 ela se aproxima cada vez mais do teatro e passa a frequentar a Escola de Arte Dramática de São Paulo (EAD).


Mais informações:

http://www.vidaslusofonas.pt/pagu.htm

http://www.pagu.com.br/index2.asp


Até a próxima!

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