terça-feira, 6 de abril de 2010

Superações insuperáveis

Há quem diga que nada na vida é insuperável. Sempre tive minhas dúvidas a respeito disso. No entanto, às vezes, encontramos pessoas que compartilham da mesma opinião ou visão sobre a vida. Assim me senti acolhida e viva depois de assistir a Direito de Amar (A Single Man), de Tom Ford. Traduções ao "pé da letra" a parte, como superar o que muitas vezes parece ou é insuperável? Feridas que não cicatrizam, ou mesmo que sim, a marca está ali para que você veja todos os dias e relembre de como foi dolorido.

Assim é Direito de Amar. George (Colin Firth), professor de inglês, sofre com a perda inesperada de seu companheiro, Jim (Matthew Goode), com quem vivia há 16 anos. Todo o sentimento de vazio, de falta de sentido na vida, faz com que George tente suicídio algumas vezes. Mesmo depois de quase um ano da morte de Jim, George sente a mesma dor. Na prostração em que se encontra, ele ainda tenta achar algo que o faço sentir que a vida tem sentido novamente....Será?


A dor da perda é algo inexplicável. É a dor do luto. É como andar no escuro a procura de uma mão que nunca mais alcançará. É tentar respirar mergulhado na imensidão do mar. É sentir o chão sair por completo debaixo dos seus pés. É não ter apoio. Não ter mais aquele beijo de boa noite reconfortante e muito mesmo o de bom dia, com um sorriso. É sentir o cheiro mesmo na ausência. É perder o controle dos pensamentos, das faculdades mentais. Perder o brilho no olhar.


Mesmo que a perda não tenha sido pela morte, mas pela vida!

Trailler

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