sábado, 17 de abril de 2010

Em que revolução estamos agora?

Acabo de assistir uma "matéria" sobre virgindade. Parece que ser virgem virou moda novamente. Aliás, mais do que isso: virou comércio. Depois de meados do século XX, da revolução sexual, do movimento feminista, de woodstock, "sexo, drogas & rock'n roll", eis que chega a época da castidade.

O interessante é que, mais um vez, os personagens que propagam essa nova forma de rever o sexo são pessoas públicas, artistas, e, na maioria das vezes, jovens. Grupos como Jonas Brothers, por exemplo, além de levantarem a bandeira do "sexo só depois do casamento", ainda são homens. O que torna o assunto ainda mais interessante.

Outra celebridade que também me chamou atenção foi a modelo Adriana Lima. Aos 28 anos dizia que ainda era virgem e se guardava para o homem certo. Eu li errado, ou há alguns anos ela namorou o cantor Lenny Kravitz? Comentários a parte, o fato de ser modelo deixou muita gente de queixo caído. No mundo das grandes beldades uma virgem? Quase inacreditavel! Enfim...

Além de representações por personagens midiáticos, ainda descobri que existem objetos de consumo. O que torna tudo ainda mais contraditório. Não estava na moda a pulseira do sexo? Pois também já existem anéis, colares e pulseiras da castidade.

O que Sartre e Simone achariam de tudo isso? Onde está o liberdade sexual e as transgressões? Será que todos se cansaram da luta e resolveram levantar a bandeira branca?

Outro dia ouvi alguém dizer que sexo era uma das coisas mais bonitas que existiam. E aí respondi: se visualize numa posição bem apropriada do sexo e me diz se realmente acha bonito. A pessoa ficou sem resposta.

Claro que depende com quem faz, o momento e tudo mais, todo o contexto conta, mas sexo é sexo. Nada além disso.

E volta toda aquela história da Cinderela que acredita que um dia vai encontrar o príncipe encantado que a tornará feliz para sempre...

Em que revolução estamos agora?

2 comentários:

Anônimo disse...

parece que as pessoas sempre querem aquilo que não existe mais! Voltando mais no tempo, daqui a pouco vamos ter muitas virgens grávidas.. vai ser o maior sucesso!

Iza Rosenberg disse...

Estamos numa revolução inexistente. Ou melhor, uma revolução virtual. O amor precisa estar na rede. O status é ficar online e ligado nas novidades. O sexo tá na tela.