quarta-feira, 4 de junho de 2008

A velha infância

Acabei de ler uma resenha do livro O verão de Chibo, de Vanessa Barbara e Emílio Fraia, escrita por Eduardo Sterzi, na revista Cult de junho.

O tema presente é a infância. Ou melhor, a perda dela. E fiquei pensando várias coisas a respeito disso. Principalmente depois de ler a parte da matéria que diz:

" O fim da infância pode ser tão 'cruel' quanto o fim do verão, ' e fazemos questão de esquecer e de pensar que talvez fosse possível enganar o tempo, alongar o verão pra mais tarde e não dormir'".

Realmente é muito dolorosa a perda da infância, fase em que tudo no mundo é lindo; a vida é linda; os pais são as pessoas mais inteligentes e perfeitas; amamos nossos amiguinhos, que serão pra toda a vida; Papai Noel traz presente porque somos bons, enfim...

De repente, num momento inesperado, começamos a ver sombras onde antes era apenas luz, preto e branco, onde era colorido. As coisas passam a ter outro peso, outro gosto, outro cheiro, outras sensações... E esse processo é muito triste. A gente não consegue compreender o que está acontecendo. Parece que tudo foi tão de repente...

Que nada! Tudo mudou no tempo certo, na hora certa, independente do motivo e do momento. E só nos resta caminhar e aos poucos ir se familiarizando com essa mudança dura, temerosa e estranha.

Coelhinho da Páscoa...o que trazes pra mim?

Um comentário:

Gui Sillva disse...

saudades da minha infância...