De Beauvoir.
Realmente, sempre há esperança. Ao contrário do que muitos costumam dizer, ela não é a última que morre. A esperança não morre jamais. E vou sempre confiar nisso..
Engraçado como as coisas acontecem. Depois de escrever a última postagem fui alugar o filme Sex and The City (sou viciada na série). Pois bem...o filme resumiu tudo que eu disse antes.Como realmente é possível sermos felizes casados, solteiros e tudo isso junto ao mesmo tempo. Não importa o que vem ou o que vai, o que importa é a permanência do amor entre os amigos. É, amigos! Pessoas tão difíceis de serem encontradas em nossa maratona vital e de repente, pronto, eles aparecem como quem não quer nada e nos conquistam. Amigos, aqueles que gostam da gente de graça (como costumo falar). Que estão ali quando precisamos, como um problema ou outro na vida, e quando precisamos ainda mais, nas festinhas para se divertirem e perderem a cabeça junto com a gente, naquela noite bem divertida e que promete muitas surpresas. Beber, dançar e morrer de tanto rir, sentindo a felicidade, nem que seja por mais uma noite juntos.
Sempre falo que amigo não é só para as horas ruins. Claro que nessas horas, quando precisamos de um ombro, é importante saber que podemos contar com algumas pessoas. Isso conforta. Mas amigos são para todos os momentos. Tem os amigos específicos: os de copo; os de balada; os de filosofar em qualquer lugar; os de chorar; os de não fazer nada o dia todo e mesmo assim ser agradável; os que descordam o tempo todo do que você fala; os que concordam...são várias as possibilidades. Mas que acima de tudo, nos respeitam!
Amizade é um relacionamento como outro qualquer: tem dia que você quer ficar o dia inteiro junto; outro que você não quer nem olhar para cara; brigam, se beijam, discutem, se amam. Isso que é o importante: se amam. Não importa a distância, o momento da vida, as trapalhadas que cometemos, enfim...não importa, eles estão ali.
Pode parecer cafona, clichê, ou seja lá o que for, mas Carrie e sua trupe me ensinam muito. Sim, me ensinam. Não aprendo só com Dostoiévski, Sartre ou Simone. Aprendo com coisas comuns também. É uma mistura de ensinamentos que formam nosso ser.
E sempre acho bom saber que não estou sozinha nos meus pensamentos cotidianos...estou sempre acompanhada, porque afinal, como no filme Na Natureza Selvagem: "a felicidade só é completa quando é compartilhada".
Sempre ouvi muito falar de Martha Medeiros e tal, mas não lia nada dela, nem na revista do Globo, que ela escreve todo domingo. Mas um dia resolvi ler e gostei das idéias dela. Confesso que não achei nada surpreendente, ou diferente, pelo contrário, me identifiquei com seus pensamentos. Enfim...
No ônibus, voltando para casa, viu coisas que a incomodaram um pouco. No entanto, sentiu um vento entrando pela pequena abertura da janela ao lado bater em seu rosto. Começou a sentir uma paz, felicidade, serenidade, que duraram alguns segundos. Sensação essa há muito não sentida. E percebeu que na verdade nunca havia sentido...
Durante um certo tempo pensou que tinham razão: será mesmo? A solidão é uma sensação estranha e tão confusa...Mas não era isso que ela pensava, mas o que a faziam pensar. Começou a perceber a idéia que as pessoas fazem umas das outras, nesse mesmo dia, e também ficou confusa. Saiu, caminhou pela praia, analisou cada situação que havia conversado com algumas pessoas anteriormente, mas não adiantava. O que ela pensava não era importante naquele momento. Faziam com que pensasse que o importante era a opinião do outro. "Mas que outro?", questionou. Quem seria esse "outro"?
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