segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Escreva sua própria história

Sempre ouvi muito falar de Martha Medeiros e tal, mas não lia nada dela, nem na revista do Globo, que ela escreve todo domingo. Mas um dia resolvi ler e gostei das idéias dela. Confesso que não achei nada surpreendente, ou diferente, pelo contrário, me identifiquei com seus pensamentos. Enfim...

Na crônica sobre casamento, me lembrei de uma conversa que tive com uma amiga há pouco tempo. Parece que as pessoas realmente nascem, crescem, se reproduzem e morrem. É até engraçado isso! E a maioria nem se dá conta. Aparentemente seguem o fluxo como se realmente concordassem com essa lei, mas se forem questionados, nem sabem o que responder, porque nunca param pra pensar nisso.

Outro dia vi algumas fotos de uma amiga, do aniversário dela. Só tinha casal: namorados, maridos, esposas, filhos...a parafernalha toda. E fiquei analisando aquilo. Pessoas sorridentes e felizes. Por que alguém só pode ser feliz se casar? E não falo aqui de sentimento, porque casamento muitas vezes não é sinônimo de sentimento. Quantas pessoas você conhece que se casaram realmente apaixonadas? Dizendo que era para a vida toda?? E depois de uns 5 anos, quantos casais ainda se amam? É muita hipocrisia. E mais, dizem que mulher tem medo de ficar solteira. Quantas mulheres você conhece, com pelo menos 30, que estão solteiras? E quantos homens? Não darei a resposta, procure você mesmo.

Não estou levantando a bandeira da solteirice. Apenas acho que devemos ter o direito de escolher e ser respeitados pelas nossas escolhas. Porque relacionamento é parceria, é estar junto ali, para o que der e vier, e, se com sentimento já é difícil, imagine sem.

Já percebeu também que casais costumam se afastar de amigos solteiros. Como se houvesse grupos: os casais e os solteiros.

Sim, não almejo uma família de propaganda de margarina. Penso em outras coisas: que não há regra para nada. Casamentos são diferentes, famílias são diferentes, solteiros são diferentes.
Tudo na vida é relativo, canso de dizer isso!

Quando me imagino daqui uns anos, não penso na rotina: casa, trabalho, escola, casa, marido. Penso em conjunto. Penso em filhos? Sim. Numa casa, com uma vida normal, viajando, pé na estrada total, carregando os gurizinhos nas costas, correndo na areia da praia, marido brincando de castelo com as crianças. E se não tiver o marido, está bom também.

Acho que o importante é sermos felizes. É estarmos bem com nós mesmos, com nossa consciência; nos respeitar antes de mais nada. É sermos respeitados pelas nossas diferenças no pensar, no agir, no ser.

É simplesmente viver, viver e viver...respirar, um outro dia...E poder escrever sua própria história...

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