segunda-feira, 28 de julho de 2008

Existencialismo...

Alguns acham besteira, outros sofrem muito, e tem os que tentam entender. Independente da colocação de cada um, o fato é: cada dia mais encontramos pessoas em crises existenciais. Umas mais, outras menos. Toda a dor, angústia, falta de ar, pés fora do chão, falta de horizonte, são sensações que machucam o interior do ser humano de um forma destrutiva. Muitas vezes até suicída. E não é voluntário...o que torna o sentimento ainda pior. Porque só um masoquista iria gostar de viver assim: sentindo dor.

Repensei muito sobre isso depois de assistir ao longa Nome Próprio, de Murilo Salles, estrelado magnificamente pela atriz Leandra Leal. Mundo dos blogs à parte ( porque esse tema ainda rende outra postagem) me foquei na crise pessoal da personagem Camila. Como que em pouco tempo foi possível assistir a dois filmes com os quais me identifiquei tanto (Na Natureza Selvagem foi o primeiro). Muitas vezes não observo apenas a estética cinematográfica, ou que diretor fez o filme. Observo muito o tema e os pensamentos das personagens.

É muito fácil julgarmos vidas, escolhas, sentimentos, ações e tudo mais quando não nos diz respeito. Quando o "problema" é da pessoa ao seu lado, à sua frente, atrás...enfim, quando não é com você. Perturbações emocionais, mentais, psicológicas não são possíveis de serem vistas. Apenas sentidas. E aí é que mora o perigo: como o outro poderá compreender, se ele não vê? Essa é a teoria de muitos, ou da maioria das pessoas por aí. E para mim isso é apenas a comprovação do mundo egoísta e individualista em que vivemos. Só importa o que acontece com nós mesmos.

Enfim...para os que acham que falei baboseira, ótimo! Para o que se identificaram, ótimo também! Não acho que temos que convenser ninguém de nada, mas pelo menos que reflitam.

É isso!!

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Título: Nome Próprio
Direção: Murilo Salles
Roteiro: Elena Soarez, Murilo Salles e Melanie Dimantas, baseado nos livros "Máquina de Pinball" e "Vida de Gato", de Clarah Averbuck, e em textos publicados pela autora em seu blog pessoal.
Duração: 130 minutos
Ano de Lançamento (Brasil): 2008

2 comentários:

L O ® disse...

Hoje penso que para que as coisas dêem certo (dentro da minha lógica do certo) é preciso AMOR E COMPREENSÃO, seja oq for, uma profissão, uma família ou simplesmente um relacionamento, mas amar é tão subjetivo e peculiar pra cada um. Oq acaba fazendo a diferença é a danada da compreensão, isso transcende abrir os ouvidos!!!! Incompreensão me destrói!!!

L O ® disse...

O que é compreender?